DESCANSO PARA LOUCURA: Resumo: O que é Realidade, de João Francisco Duarte Junior

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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Resumo: O que é Realidade, de João Francisco Duarte Junior


Disponível:www.editorabrasiliense.com.br
    I  “CAI NA REAL”
Quando se trata de abandonar o irreal, de voltar-se ao mundo sólido e concreto, caímos na Realidade, em outras palavras, colocamos os pés no chão. Existe, no entanto, uma realidade que pode ser captada pela nossa percepção e outra que pode ser captada de forma mais física, isto é, de maneira mais concreta e objetiva. Em cada maneira de coexistência uma nova realidade é vivida.Não é correto falar de Realidade, mas necessariamente de Realidades. Pois a concepção de realidade depende das formas de consciência que ocorrem diante dos objetos. Neste sentido, nota-se que o número de possibilidades do Real aumenta gradativamente, à medida que se analisam os fatos sociais. A Realidade não é algo dado. Ela é construída, forjada no encontro incessante entre os sujeitos humanos e o mundo.Para entendermos melhor a realidade é preciso que também entendamos a ideia de verdade, não esquecendo, principalmente, que a realidade cotidiana é aquela que mais nos influencia.


II-  “NO PRINCÍPIO ERA A PALAVRA”
A Palavra, a Linguagem é fator essencial para diferir o homem dos demais seres e lhe conceder a humanidade. Pois, o animal está preso ao aqui e agora, já o ser humano, é capaz de “reviver” o passado, usufruir do presente e planejar o futuro.
É bom saber que somos mais que corpo, nós somos também consciência. 
A Nominação faz associar o objeto a sua compreensão. 
A construção da realidade passa necessariamente pelo sistema linguístico exercido na comunidade. É evidente que o ser humano encontra-se envolvido num mundo simbólico e o real será sempre um produto da dialética, sendo os símbolos os grandes edificadores deste mundo e consequentemente da construção da Realidade.


III- “A EDIFICAÇÃO DA REALIDADE”
Consideramos a vida cotidiana como sendo a Realidade por excelência. Porém, essa consideração advém de uma interpretação que fazemos, ainda em caráter prático. Por que a realidade não é simplesmente construída, mas socialmente edificada. São as diversas sociedades quem edificam suas realidades.  
Já as Instituições têm papel preponderante em reforçar a edificação da realidade. E é através delas que a realidade passa a exercer uma coerção sobre a consciência dos indivíduos. Mais uma vez entra a linguagem como importante fator na legitimação das instituições. Tendo os símbolos função especial na legitimação das instituições. 
Além da linguagem (os símbolos) e das instituições, contribui também com a edificação da realidade, a Ideologia.


IV- “A MANUTENÇÃO DA REALIDADE”
Sozinho ninguém constrói uma nova realidade. E os seus mecanismos de manutenção podem ser terapêuticos e aniquiladores. Terapêuticos quando fazem com que o sujeito em questão volte a enxergar a realidade tal qual a coletividade; e Aniquiladores quando trata daqueles que divergem de certa realidade, estando fora dela.A manutenção consiste em assegurar que todos os membros da sociedade compartilhem da mesma interpretação da realidade. Trata-se, portanto, de um controle social.Individualmente, a manutenção pode ser feita num nível rotineiro ou num nível crítico.O rotineiro assegura que nos movimentemos sem mudanças bruscas, havendo a interação com os outros.
O crítico acontece quando nos deparamos com um fato inusitado e inoportuno, que faz com que nos sintamos obrigados a indagar sobre a realidade que nos cerca.


V- “A APRENDIZAGEM DA REALIDADE”
O processo de aprendizagem da realidade é denominado de socialização. Esta pode ser dividida numa fase primária ou numa fase secundária.A primária ocorre, segundo o autor, no seio da família, inicialmente com os primeiros sintomas de emoções e com a aquisição da linguagem. Ela alicerça todos os demais conhecimentos.É secundária diz respeito a tudo que vem após a primária e que introduz o indivíduo noutras realidades. Esta se dá de maneira mais racional e planificada. Nesta fase a realidade é mais frágil e fugaz e pode sofrer desestruturações.


VI- “A REALIDADE CIENTÍFICA”
Tudo que não é cientificamente comprovado não merece credibilidade, eis umas das facetas do mito da ciência.É necessário, então, desmistificar a compreensão que temos sobre a realidade apresentada pela ciência e seus métodos.  
Pois, a ciência constrói o real de maneira particular, são, portanto, verdades específicas. 
A realidade mostrada pela ciência é uma realidade de segunda ordem, assegura o autor, pois se apoia nos acontecimentos cotidianos, que seriam, seguindo este raciocínio, verdades de primeira ordem.

VII – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DUARTE JUNIOR, João Francisco. O que é Realidade. Editora Brasiliense: São Paulo, 1994 (Coleção Primeiros Passos).

JaloNunes.

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