DESCANSO PARA LOUCURA: outubro 2014

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sábado, 25 de outubro de 2014

Atalaia - cidade de Alagoas, Brasil

“Segundo os historiadores, o município de Atalaia recebeu essa denominação por ter sido o local onde as forças que lutavam contra os Palmares ficavam de ‘atalaia’. Outros acreditam que foi uma homenagem feita pelo Rei de Portugal ao Visconde de Atalaia, quando os habitantes do povoado pediram ao Rei a criação da vila. O início do povoado vem do século XVII, época dos Quilombos, que chegou até a ser chamado Arraial dos Palmares. Coube a Domingos Jorge Velho abrir caminhos para as tropas através das matas. Quando a luta acabou, foram distribuídas sesmarias aos vencedores. A parte que coube a Jorge Velho se transformou no povoado de Atalaia, onde foi erguida a igreja de Nossa Senhora das Brotas”.
“Por muitos anos, o povoado teve grande prosperidade, mas as lutas políticas fizeram com que os habitantes partissem, enfraquecendo o comércio e trazendo a decadência ao município, que não conseguiu mais recuperar seu prestígio do ponto de vista econômico”.
“O Museu do Banguê, onde são colecionadas antigas e interessantes peças de engenhos é uma das marcas da vida cultural na cidade, que foi o quarto núcleo de povoamento de Alagoas e cidade-mãe dos municípios de União dos Palmares, Capela, Cajueiro, Viçosa, Pindoba, Chã Preta e Murici.
Terra tradicional do pitu (camarão de água doce), Atalaia tem nas festividades sua marca pessoal. Os destaques ficam com a festa da padroeira de Nossa Senhora das Brotas (2 de fevereiro), as cavalhadas e vaquejadas nos parques Graziela Thianny e Vicente Basílio, além dos tradicionais bailes do Centro Social Atalaiense[1]”.


As fotos abaixo se referem à uma parte da Zona Rural de Atalaia, mais especificamente algumas belas paisagens naturais de um assentamento do Movimento Sem Terras - MST (e acho que tem tudo a ver essa questão, afinal a origem do Município está ligada a existência de grupos minoritários.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Resumo: O que é Realidade, de João Francisco Duarte Junior


Disponível:www.editorabrasiliense.com.br
    I  “CAI NA REAL”
Quando se trata de abandonar o irreal, de voltar-se ao mundo sólido e concreto, caímos na Realidade, em outras palavras, colocamos os pés no chão. Existe, no entanto, uma realidade que pode ser captada pela nossa percepção e outra que pode ser captada de forma mais física, isto é, de maneira mais concreta e objetiva. Em cada maneira de coexistência uma nova realidade é vivida.Não é correto falar de Realidade, mas necessariamente de Realidades. Pois a concepção de realidade depende das formas de consciência que ocorrem diante dos objetos. Neste sentido, nota-se que o número de possibilidades do Real aumenta gradativamente, à medida que se analisam os fatos sociais. A Realidade não é algo dado. Ela é construída, forjada no encontro incessante entre os sujeitos humanos e o mundo.Para entendermos melhor a realidade é preciso que também entendamos a ideia de verdade, não esquecendo, principalmente, que a realidade cotidiana é aquela que mais nos influencia.


II-  “NO PRINCÍPIO ERA A PALAVRA”
A Palavra, a Linguagem é fator essencial para diferir o homem dos demais seres e lhe conceder a humanidade. Pois, o animal está preso ao aqui e agora, já o ser humano, é capaz de “reviver” o passado, usufruir do presente e planejar o futuro.
É bom saber que somos mais que corpo, nós somos também consciência. 
A Nominação faz associar o objeto a sua compreensão. 
A construção da realidade passa necessariamente pelo sistema linguístico exercido na comunidade. É evidente que o ser humano encontra-se envolvido num mundo simbólico e o real será sempre um produto da dialética, sendo os símbolos os grandes edificadores deste mundo e consequentemente da construção da Realidade.


III- “A EDIFICAÇÃO DA REALIDADE”
Consideramos a vida cotidiana como sendo a Realidade por excelência. Porém, essa consideração advém de uma interpretação que fazemos, ainda em caráter prático. Por que a realidade não é simplesmente construída, mas socialmente edificada. São as diversas sociedades quem edificam suas realidades.  
Já as Instituições têm papel preponderante em reforçar a edificação da realidade. E é através delas que a realidade passa a exercer uma coerção sobre a consciência dos indivíduos. Mais uma vez entra a linguagem como importante fator na legitimação das instituições. Tendo os símbolos função especial na legitimação das instituições. 
Além da linguagem (os símbolos) e das instituições, contribui também com a edificação da realidade, a Ideologia.


IV- “A MANUTENÇÃO DA REALIDADE”
Sozinho ninguém constrói uma nova realidade. E os seus mecanismos de manutenção podem ser terapêuticos e aniquiladores. Terapêuticos quando fazem com que o sujeito em questão volte a enxergar a realidade tal qual a coletividade; e Aniquiladores quando trata daqueles que divergem de certa realidade, estando fora dela.A manutenção consiste em assegurar que todos os membros da sociedade compartilhem da mesma interpretação da realidade. Trata-se, portanto, de um controle social.Individualmente, a manutenção pode ser feita num nível rotineiro ou num nível crítico.O rotineiro assegura que nos movimentemos sem mudanças bruscas, havendo a interação com os outros.
O crítico acontece quando nos deparamos com um fato inusitado e inoportuno, que faz com que nos sintamos obrigados a indagar sobre a realidade que nos cerca.


V- “A APRENDIZAGEM DA REALIDADE”
O processo de aprendizagem da realidade é denominado de socialização. Esta pode ser dividida numa fase primária ou numa fase secundária.A primária ocorre, segundo o autor, no seio da família, inicialmente com os primeiros sintomas de emoções e com a aquisição da linguagem. Ela alicerça todos os demais conhecimentos.É secundária diz respeito a tudo que vem após a primária e que introduz o indivíduo noutras realidades. Esta se dá de maneira mais racional e planificada. Nesta fase a realidade é mais frágil e fugaz e pode sofrer desestruturações.


VI- “A REALIDADE CIENTÍFICA”
Tudo que não é cientificamente comprovado não merece credibilidade, eis umas das facetas do mito da ciência.É necessário, então, desmistificar a compreensão que temos sobre a realidade apresentada pela ciência e seus métodos.  
Pois, a ciência constrói o real de maneira particular, são, portanto, verdades específicas. 
A realidade mostrada pela ciência é uma realidade de segunda ordem, assegura o autor, pois se apoia nos acontecimentos cotidianos, que seriam, seguindo este raciocínio, verdades de primeira ordem.

VII – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DUARTE JUNIOR, João Francisco. O que é Realidade. Editora Brasiliense: São Paulo, 1994 (Coleção Primeiros Passos).

JaloNunes.

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