DESCANSO PARA LOUCURA: dezembro 2012

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domingo, 30 de dezembro de 2012

Santuário Nacional do Cristo Rei - Portugal.

1. A inspiração “nasce” no Brasil:
 
"A ideia da construção do Monumento a Cristo Rei surgiu em 1934, quando de uma visita ao Brasil do então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira. Ao passar pelo Rio de Janeiro, viu a imponente imagem do Cristo Redentor do Corcovado e logo no seu coração nasceu o desejo de construir semelhante obra em frente a Lisboa. Em 1936, a ideia de construir o Monumento a Cristo Rei foi transmitida ao “Apostolado da Oração”, que a acolheu entusiasticamente. Para ser Nacional, o Monumento precisava de aprovação e cooperação de todos os Bispos Portugueses".

1.2 Contexto sociopolítico

"Em Portugal, as condições sociais não eram boas e os conflitos decorrentes da I República originaram uma reação conservadora, que culminou com o golpe de 28 de Maio de 1926, perpetrado pelo exército e apoiado maioritariamente por republicanos moderados, monárquicos e católicos de várias facções. O descontentamento era geral e crescia mesmo entre as classes médias portuguesas, que tinham sido o principal apoio à República. As greves sucediam-se e este clima foi apenas ultrapassado com a vitória do general Óscar Carmona nas eleições presidenciais de 1928 e com a escolha de Antônio de Oliveira Salazar para ministro das Finanças. Salazar conseguiu equilibrar as contas nacionais, o que lhe garantiu um grande prestígio. Posteriormente, em 1932, Salazar foi nomeado chefe de Governo e em 1933 foi promulgada uma nova Constituição, que redundou no Estado Novo, um regime sob o governo pessoal de Salazar até 1968. O sistema político nacional passou então a ser um regime corporativo, definindo-se como autoritário, nacionalista e colonial".
"A vizinha Espanha vivia uma sangrenta Guerra Civil, iniciada em 1936 e estava também ameaçada pelo perigo da proliferação do comunismo ateu nos países ditos de tradição cristã, algo que Nossa Senhora, em Fátima, já previra, ao afirmar que a Rússia haveria de espalhar os seus erros pelo mundo".
"A nível eclesial, vive-se o início da Ação Católica, onde era necessário a proclamação do reinado social de Cristo face à prepotência do mundo ateu. As nações cristãs deveriam reconhecer a Realeza de Cristo, inspirando-se na legislação divina com princípios orientadores da vida comum".
"Face a este contexto social e político vivido nos anos 30, os Bispos Portugueses apontaram três razões para a construção do Monumento a Cristo Rei:
1 – O dever de um desagravo social pela conspiração universal de Cristo;
2 – Um grande dever de gratidão nacional, pois ao contrário de outros países, em Portugal, por uma singular providência vivia-se em paz, num progresso espiritual e o monumento seria assim um profundo e sentido agradecimento a Cristo;
3 – Uma exigência de restauração nacional".
"Em 1939, inicia-se a II Guerra Mundial e foi durante este período que a ideia da construção do Monumento a Cristo Rei ganhou um novo sentido e vigor".
 "Em 20 de Abril de 1940, em Fátima, os bispos nacionais, no final do seu Retiro anual, formularam o seguinte voto: 'Se Portugal fosse poupado da Guerra, erguer-se-ia sobre Lisboa um Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, sinal visível de como Deus, através do Amor, deseja conquistar para Si toda a humanidade”.
"Portugal manteve uma posição de neutralidade na II Guerra Mundial, não participando diretamente nas ações bélicas e esse fato foi decisivo para que se colocasse em marcha uma campanha nacional de angariação de fundos, para que a construção fosse uma realidade".
"Cerca de um ano após o final da II Guerra Mundial, em 18 de Janeiro de 1946, na Pastoral Coletiva, o Episcopado português para além de fazer referência ao 3º Centenário da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal, declarou formalmente ter feito a promessa de erguer o Monumento a Cristo Rei e, a partir daí, a campanha de angariação de fundos intensificou-se ativamente".
"O princípio que norteou esta campanha foi sobretudo o valor do sacrifício das crianças e a eficácia da sua oração".
"Ao longo do ano as crianças iam renunciando a algo, colocando essa renúncia num mealheiro que depois era depositado no Presépio das suas Paróquias no dia dos Santos Inocentes (28 de Dezembro)".
"É de salientar que esta Campanha rendeu cerca de 7.500,00 €".
"Na história, tão cheia de grandeza e fé, da devoção a Cristo e em especial ao seu Sacratíssimo Coração, há algo importantíssimo, que merece referência para explicar a data para o lançamento da primeira pedra do Monumento".
"Na cidade do Porto, por coincidência a “Cidade da Virgem”, viveu a Irmã Maria do Divino Coração, que influenciou o Papa Leão XIII a determinar a consagração de todo o gênero humano ao Coração de Jesus. Em 1949, comemorava-se o 50º aniversário desse fausto acontecimento religioso e esse motivo fez com que o cardeal Cerejeira escolhesse propositadamente esse ano".
"A 18 de Dezembro é solenemente lançada a 1ª Pedra do Monumento a Cristo Rei. Dois anos depois, iniciam-se os trabalhos das fundações e finalmente em 1952, a empresa Obras Públicas e Cimento Armado (OPCA) começa a construção dos alicerces. A obra foi realizada através de um sistema de cofragem especial, ou seja, os chamados moldes viajantes, em que o andaime era a própria estrutura, recebendo o betão, nos quais se via crescer o pedestal da imagem de Cristo Rei, camada após camada".
"A imagem foi construída na própria estrutura, utilizando-se para o efeito moldes de gesso, preparados previamente a partir da maquete".
"No total utilizaram-se cerca de 40 mil toneladas de betão. Depois de construído, foi esculpido à mão num trabalho de minúcia, desenvolvido a mais de cem metros do chão".
"Importa salientar que nenhum homem morreu na construção deste imponente monumento".
"A 17 de Maio de 1959 (Dia de Pentecostes) perante a imagem de Nossa Senhora de Fátima, com a participação de todo o Episcopado Português, os Cardeais do Rio de Janeiro e de Lourenço Marques (Maputo), autoridades civis e de 300 mil pessoas, inaugurou-se o Monumento. Sua Santidade, o Papa João XXIII fez-se presente por Radiomensagem. Na ocasião, o Cardeal Cerejeira fez uma consideração eloquente: 'Este será sempre um sinal de Gratidão Nacional pelo dom da Paz".
"Importa referir que a imagem de Cristo Rei é da autoria de Mestre Francisco Franco e a imagem de Nossa Senhora da Paz, que se encontra na Capela do Monumento, é do Mestre Leopoldo de Almeida, sendo que o projeto tem como autores o arquiteto Antônio Lino e o Engenheiro D. Francisco de Mello e Castro".
"O Monumento de Cristo Rei é um farol divino, uma mensagem de amor, uma grandiosa profissão de Fé"!

1.3 As mudanças mais recentes no Santuário
"Em 1984, celebrando-se então o 25º Aniversário do Santuário de Cristo Rei, foi aprovado um Plano Geral de Ordenamento para os terrenos do Santuário, da autoria dos arquitetos Luiz Cunha e Domingos Ávila Gomes. Desse projeto foi construído o Edifício de Acolhimento do Santuário".
"Em Junho de 1999 o Santuário passou para a tutela da Diocese de Setúbal. A prioridade imediata foi dada ao restauro do Monumento. Com o apoio técnico da Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências e Tecnologia. As obras começaram em Maio de 2001, tendo o Monumento sido reaberto solenemente dia 1 de Fevereiro de 2002".
"Em Junho de 2004 foi inaugurado um refeitório com capacidade para 150 pessoas e duas camaratas para jovens com capacidade para onze raparigas e dez rapazes. A 17 de Maio de 2005 foi inaugurado o Salão Polivalente João Paulo II (...)".
"No ano de 2006 iniciaram-se os melhoramentos no Monumento a Cristo Rei, nomeadamente a 17 de Maio foram inauguradas as obras na Capela de Nossa Senhora da Paz, contanto para isso com a colaboração do Senhor Arquiteto João de Sousa Araújo".
"No dia 17 de Maio de 2007 inaugurou-se a Sala Beato João XXIII que contém oito quadros a óleo alusivos à Encíclica “Pax in Terris”, da autoria deste Papa e uma estátua do Anjo de Portugal, tudo da autoria do mesmo arquiteto. Inaugurou-se também o espaço envolvente da zona do elevador".
"Neste mesmo dia foi colocada em frente ao Monumento a antiga Cruz Alta do Santuário de Fátima, oferecida ao Santuário de Cristo Rei e meses mais tarde, em 25 de Novembro de 2007 inaugurou-se a remodelação da Sacristia Principal da Capela do Monumento, incluindo o restauro da maquete original da imagem de Cristo Rei, do escultor Francisco Franco".
"A 17 de Maio de 2008 inaugurou-se a 'Capela dos Confidentes do Coração de Jesus' contendo as relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque, São João Eudes, Beata Maria do Divino Coração e Santa Faustina Kowalska. Neste dia também foram inaugurados os 'Dez Mandamentos' em bronze, tendo sido colocados no frontal principal do monumento".
"No Domingo de Cristo Rei deste mesmo ano, foi inaugurada uma Via-sacra na Capela do Monumento, que em cada Estação faz uma correspondência à Paixão de Cristo com a situação do mundo atual".
"No dia 6 de Janeiro de 2009, na Capela do Santíssimo Sacramento, foram inaugurados dois quadros alusivos às revelações que Jesus fez a Santa Margarida Maria Alacoque, e um outro que encima o Sacrário[1]".
A cidade se estende abaixo.
Santuário Nacional do Cristo Rei.


Almada. Santuário Nacional do Cristo Rei.


Monumento da recepção, visão quase total do alto;
a cidade se estende abaixo.

Recepção ao Santuário Nacional do Cristo Rei.

Estávamos contentes (AL, RJ) por visitar o Santuário.


Almada e Santuário Nacional do Cristo Rei. Portugal.





Santuário Nacional do Cristo Rei.Portugal.


Esse é o cruzeiro que foi trazido de Fátima - Portugal para o Santuário Nacional do Cristo Rei. 





Braços abertos para acolher - Santuário Nacional do Cristo Rei.Portugal.












Muito vento no alto do Santuário Nacional do Cristo Rei.Portugal.


Desde a ponte 25 de Abril, o Santuário Nacional do Cristo Rei.






[1] Disponível em: http://www.cristorei.pt/aboutus.aspx Acesso em: agosto de 2012.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal (2012)!

Que se renovem as esperanças de dias melhores e de um 2013 repleto de realizações e projetos concretizados!
Imagem de Natal disponível em: br.freepik.com/
Mais do que nunca "livrai-nos, Senhores, de um rico arruinado, de um pobre enriquecido, de um usurário irritado, da tutela de um procurador, das distracções de um boticário e de todos os que juram pela honra e consciência". (Padre Arlotto Piavano)*.
*Disponível em: SANTOS, Nunes dos. Livro de Curiosidades: a cultura é a única bagagem que não ocupa espaço. 10. ed. Porto: MENABEL, 2007 (Colecção Retalhos).

sábado, 15 de dezembro de 2012

I Cultura em Movimento - UFAL

O I Cultura em Movimento aconteceu no último dia 14 de dezembro, na UFAL, Campus Arapiraca, Unidade de Palmeira dos Índios - AL.
De acordo com a página do movimento, no facebook, trata-se de "um projeto de pesquisa e extensão, coordenado pelo Prof.º Mayk Adreele que, junto aos alunos integrantes da UFAL Palmeira dos Índios, visa promover ações artístico-culturais na própria instituição de ensino e na comunidade".


As atividades se distribuíram por todo o dia, tais como:
Manhã - Mostra Zines
- Exposição de fotografias, pinturas, livros e revistas;
- Exposição de filmes;
- Parada poética.


Tarde - Mostra Zines
- Além das atividades anteriormente citadas;
- Roda de Capoeira (Grupo Caiçara) e;
- Música livre.
O evento é de grande importância para a cidade e principalmente para a comunidade acadêmica. O Município é historicamente portador de grandes talentos, nas diversas áreas artístico-culturais (literatura, música, pintura, teatro etc.). Observar-se também que dentro da Universidade há discentes que desenvolvem alguma produção artística; mas o movimento se estende para além dos limites da Universidade.
Parabéns aos idealizadores e organizadores.
Pinturas - no I Cultura em Movimento
na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.

I Cultura em Movimento.
Na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.


As três primeiras pinturas pertencem ao mesmo artista - I Cultura em Movimento.
Na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.


Livros e revistas - I Cultura em Movimento.
Na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.


Foto (recorte) - I Cultura em Movimento. Na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.

Livros no I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.


Pinturas (recorte) no I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.


I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.
Esta pintura também foi divulgada outrora no blog da Jo-Ami - Roteiro de Leituras.
 http://roteirodeleituras.blogspot.com.br/2011/04/exposicao-das-pinturas-de-jalon-nunes.html


I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.

Recital de poesia e prosa - I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade P. dos Índios - AL.

Caneca e livros, I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.

"Cordel" de fotos, I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.

Poesia e literatura - I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.

Poesia - I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.

Capoeira - I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.

Caiçara, o Grupo de Capoeira, no I Cultura em Movimento, UFAL Unidade P. dos Índios - AL.


Até "arquitetura" foi captada pela câmera; que loucura! I Cultura em Movimento, na UFAL Unidade Palmeira dos Índios - AL.

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